Novo Cais do Recife: transformação urbana que conecta história, mobilidade e qualidade de vida

9 de maio de 2025

4 min de leitura

Conheça o Novo Cais do Recife, projeto urbanístico que integra mobilidade, parques, patrimônio e inovação com impacto direto na qualidade de vida e no futuro da cidade.

O Cais José Estelita está passando por uma das mais significativas transformações urbanas da história recente do Recife. Com obras já em andamento, o Novo Cais promete mudar profundamente a forma como a cidade se conecta, se desloca, preserva sua história e oferece espaços de lazer para a população.

Neste artigo, você vai entender como essa intervenção está ressignificando um dos territórios mais emblemáticos da cidade, promovendo integração entre o Centro e a Zona Sul e devolvendo o Estelita como um espaço de encontro entre o passado e o futuro.

Um projeto colaborativo com impacto urbano, cultural e histórico

Fruto de uma parceria entre o Consórcio Novo Recife, a Prefeitura do Recife, o IPHAN e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o Novo Cais está redesenhando o território do antigo Cais José Estelita com foco em mobilidade, preservação da memória ferroviária e conexão urbana sustentável.

Com mais de R$ 140 milhões em investimentos, o projeto contempla:

Novo sistema viário integrado
Parque na orla com mais de 33 mil m²
Parque da Memória Ferroviária com 55 mil m²
Restauração de galpões e casarios históricos
Redes subterrâneas de energia, dados, água, esgoto e gás natural
Nova iluminação pública em LED e sistema de drenagem que soluciona gargalos históricos de alagamento.

Mobilidade mais fluida e cidade mais integrada

A antiga Avenida Engenheiro José Estelita dá lugar a um novo sistema viário, com binário de três faixas por sentido, calçadas amplas, ciclovias bidirecionais e acessibilidade total. Serão duas avenidas paralelas: uma junto à Bacia do Pina (Zona Sul–Centro) e outra atrás dos novos empreendimentos (Centro–Zona Sul), com retornos entre quadras para redistribuição do tráfego.

A drenagem pluvial foi completamente redesenhada. Redes atravessam a antiga linha férrea, conectando-se ao Rio Capibaribe e à Avenida Sul, elevando a resiliência hídrica da área. O sistema também já recebeu gás canalizado e novas redes de água e esgoto, com apoio da Compesa.

O investimento total na malha viária é de R$ 50 milhões. Cerca de 90% das obras já foram executadas e a entrega está prevista para junho de 2025.

Novo Cais e a reconexão com a orla

A cidade volta a se encontrar com o mar. O parque na orla, com mais de 33 mil m², nasce como um dos maiores espaços públicos de lazer do Recife. Com previsão de início das obras no primeiro semestre de 2025, ele terá:

1,7 km de ciclovias
Calçadas generosas e acessíveis
Áreas contemplativas
Parcão para pets
Espaços infantis por faixa etária
Lago com vegetação nativa
Três casas históricas restauradas para uso público

Um ponto central será a praça cívica no prolongamento da Avenida Dantas Barreto, criando um eixo direto entre o Palácio do Campo das Princesas e o mar, com travessia nivelada para pedestres.

O parque será entregue pela iniciativa privada e operado pela Prefeitura do Recife. Estará equipado com videomonitoramento, iluminação noturna, Guarda Municipal e estrutura de apoio ao visitante com bicicletários e estacionamentos.

O Parque da Memória Ferroviária: resgate de um capítulo essencial do Recife

Com 55 mil m², o Parque da Memória Ferroviária será implantado entre o Forte das Cinco Pontas e o antigo eixo ferroviário do transporte de açúcar, onde funcionou a segunda linha de trem do Brasil.

A área abrigará:

Estação ferroviária
Caixa d’água
Cerca de 30 galpões e casarios com 8 mil m²
Explanada que conecta a Avenida Dantas Barreto à Bacia do Pina

Com R$ 30 milhões previstos em recuperação de bens tombados, o parque vai além da preservação: será ativado com usos gastronômicos, culturais, startups, iniciativas do Porto Digital e eventos. Um plano de gestão e conservação está sendo desenvolvido com o IPHAN e a Prefeitura, respeitando critérios técnicos e estimulando múltiplas vocações.

Bairro de São José: reconexão histórica com a orla

O bairro de São José, que durante décadas foi separado da orla por muros e trilhos, será reconectado ao mar. A abertura de caminhos, a nova praça e os espaços verdes devolvem à região o contato direto com o litoral, reativando o vínculo histórico da cidade com sua frente d’água.

Novo Cais: cidade viva, aberta e integrada

Um dos maiores diferenciais do Novo Cais é romper com o modelo de condomínios fechados. Empreendimentos como o Mirante do Cais e o Parque do Cais têm fachadas ativas, abertas ao espaço público, com comércio, calçadas amplas e interação direta com a cidade.

Esses imóveis integram o conceito de cidade viva, reforçando a convivência urbana e criando uma nova dinâmica para quem vive, trabalha ou visita a região.

Um novo capítulo para o Recife

A Moura Dubeux, que integra o Consórcio Novo Recife, é protagonista dessa transformação. Mais que construir empreendimentos, atuamos para redefinir o modo como o Recife se relaciona com seu espaço urbano, com foco em mobilidade, sustentabilidade e valorização do patrimônio histórico.

O Novo Cais, no coração do Cais José Estelita, não é apenas um projeto de infraestrutura. É a concretização de um novo modelo de cidade: mais justa, mais fluida, mais conectada com o passado e aberta para o futuro.

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